É assim mesmo que se começa um texto. Jornalístico? Sim, senhoras e senhores.
Quem sou eu, você ou nós pra acharmos, na nossa vã filosofia, que podemos reproduzir fielmente a realidade?
Na oficina de Jornalismo Narrativo, faz-se uma luz sobre o óbvio perpetrado: o Jornalismo Alienado. Este, nada mais é do que estranhar-se do próprio texto. É, camarada, quando se produz algo que não diz respeito à sua singular humanidade, pode anotar ai: não-é-seu!
Fugindo às normas da forma, podemos aí desmistificar a noção de verdade absoluta de um pretensioso objetivismo. Eureca! Eis que a história se faz e se constrói com lutas e transgressões. Repetir as normas é anular-se. Transgridam, homens e mulheres, existam!
Pois bem, findo o paradigma, nosso oficineiro da tarde, Sílvio Demétrio, diz-nos para sairmos e mergulharmos n'algum canto da UEL e por ali ficar alguns minutos, anotando impressões.
Dentre tantas referências, pois é disso que vivem os animais (inclua na conta os homo sapiens), pus-me então a realizar tal tarefa. No bloco de Artes Cênicas, no andar que pode ser chamado de mezanino, resolvi a questão de local. As impressões, eu tomo aqui as minhas mais sinceras e jornalísticas desculpas de despejar neste blog.
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Num lance de escada. Logo acima dos teatros (teatros sinceros!).
- Hey! - Acusa o bem-te-vi. Logo ao lado, enfurnado dentro de alguma árvore.
- Tum tum tss! - Eis que alerta uma bateria. É um jazz vespertino. É um prédio de música.
- Bom? Bom. - Iniciam e logo cessam um colóquio aqui, embaixo do meu nariz.
Estou num prédio mas olho é pros outros.
Um cara deitado lendo um livro. Migué. Ninguém lê deitado. Lê?
Eu escrevo de pé.
Vou logo descendo porque já está queimando um sol universitário da esquerda pra direita.
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"Não se tem arte revolucionária sem forma revolucionária". Maiakovski
Yuri Martinez.
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