sexta-feira, 13 de julho de 2012

Precaução ou ingerência?

No dia 4 de julho, por volta das 16 e 30, ocorreu uma reunião - protocolada pelos membros do Centro Acadêmico de Comunicação - entre três de nossos integrantes, a reitora, um representante do SEBEC (Serviço de Bem Estar a Comunidade), um do Restaurante Universitário (RU) e dois do DCE, que originalmente não estavam convidados. O objetivo da reunião era descobrir o porquê da retirada de senhas do RU e saber prazos para a sua ampliação. 

De certo ponto, recebemos algumas propostas e a reunião caminhava para um desfecho agradável. Por ser de interesse de todo público universitário, logo no início da conversa, avisamos que ela seria gravada, para que todos os alunos soubessem na íntegra o seu conteúdo. Obviamente que, como estudantes de comunicação, não iríamos divulgar apenas o áudio e, sim, fazer uma apuração da conversa e selecionar os trechos mais importantes dela em uma reportagem.

Na sexta-feira à tarde, último dia letivo de aula, o material já estava pronto. Mas, eis que surgem algumas ligações da reitoria nos convidando para uma conversa. Nela foi nos passado um termo de compromisso para assinarmos. Segundo a secretária, este era um procedimento padrão feito quando entrevistas e conversas eram gravadas com a reitora. No entanto, ao ler o documento, um parágrafo nos chamou a atenção. Nós não poderíamos fazer a edição do áudio gravado. Ou seja, só poderíamos utilizá-lo na integra mesmo se fossemos escrever uma matéria escrita. No documento ainda dizia que caso houvesse algo em dissonância ou não cumpríssemos os termos ali escritos poderíamos sofrer um processo administrativo. Como havíamos pedido para reitora a gravação da conversa - pois depois seria feita uma matéria sobre a reunião com a veiculação do áudio na integra no final da matéria - não assinamos o termo. 


Com isto, ficamos em dúvida sobre publicar ou não o material. Analisando bem ele, percebemos que não poderíamos ter qualquer tipo de problema, visto que ele estava muito bem feito e estruturado. Aliás, seu texto é de autoria da estudante Adriana Gallassi. Mas consideramos este posicionamento da reitoria uma ingerência em nossa atividade, algo que se assemelha a censura. Por isso optamos em externá-lo, ao invés de publicarmos nossa matéria. Aceitamos a premissa de que parte da imprensa realmente distorce os fatos, mas nada justifica isto. Se houvesse algo equivocado em nosso texto poderiam entrar em contato e pedir direito de resposta, enviar notas de esclarecimento, entre outras coisas. 


Para não ficarmos sem divulgar nada, vamos colocar o áudio da conversa. Ele tem a duração de uma hora, mas, pra quem tiver interesse em saber como está a situação do RU, vale à pena ouvir. Único ponto do áudio que ressalto é que nossa chapa do CA não tem qualquer vínculo ou simpatia com a atual gestão do DCE. Como coloquei antes, não sei ao certo quem os convidou. Porém, conversando ao final da reunião, nos prometeram uma assembléia estudantil, algo que ainda não organizaram este ano.

3 comentários:

  1. Esse blog esta desatualizado ou tem o nome de um membro do DCE na chapa de vocês ? Esse DCE que vocês "não tem qualquer (((vínculo))) ou simpatia com a atual gestão do DCE."

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    1. Este blog é aberto a todos os alunos de comunicação, independente de seu vínculo com qualquer outro lugar. Outro ponto, nosso blog é aberto ao debate, caso algum membro do DCE ou da reitoria tenha ficado ofendido oferecemos espaço. E belo nome.
      Abraço

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  2. As filas do RU diminuíram porque muitos alunos pararam de almoçar depois que começou essa palhaçada de não distribuir senhas.. fica sem fundamento justificar que o tempo diminuiu, obviamente que diminui se ninguém procura o serviço..
    E deu pra ver claramente que a atenção dada aos estudantes é meramente política.. levar 2 anos para só então sentar para Só conversar sobre o assunto que foi promessa de campanha é vergonhoso!
    E a falsificação de senhas eu conheço e convivo com isso desde 2006, não adianta fingir que é assunto e problema novo porque não é!
    A desculpa que só pode responder pelos 2 últimos anos mostra como fogem do serviço, assumindo a reitoria de uma universidade, problemas de 20 anos atrás, são problemas de hoje!
    A próxima reitoria também vai falar "mas isso foi 4 anos atrás, já nao posso responder, não é minha gestão"
    exemplo típico de político brasileiro: "a culpa é de outro, melhor não se movimentar pra resolver, senão a culpa vira minha.."
    Não vou nem comentar mais senão corre risco da reitoria vai pedir pra censurar os comentários...

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