domingo, 22 de abril de 2012

Eu estava lá


Continuando o trabalho de apuração ao que ocorreu na Garagem Hermética, em Londrina, na madrugada do dia 21 de Abril, publicaremos alguns relatos de pessoas que presenciaram o ocorrido. Se você tiver algum relato mande para a gente que publicaremos futuramente. Aqui vão alguns:

O policial chegou e perguntou com quem eu iria embora. Eu falei que um amigo estava voltando para me buscar e ele me mandou esperar na esquina. Olhei para a cara dele e falei: “Você quer que eu espere na esquina?” Ele ficou sem saber o que falar e disse que era para circular de lá. Como que ele manda uma mulher esperar na esquina de um lugar daquele? Ele sabe que não é dos mais seguros. Morri de raiva.

Bruna Ferrari – Estudante de Comunicação Social – Jornalismo


O policial pediu para quem era menor de idade sair da onde estávamos e eu fiquei. Ele olhou para mim, pegou meu RG e nisso viu que eu era menor. Ele me puxou para um canto e falou 3 vezes: “Acha que eu sou tonto”. A cada vez que ele dizia a frase me dava um soco no estômago, me fazendo perder o ar. Ficaram algumas marcas, mas conversei com meu pai e achamos melhor não prestar queixa, com medo de possíveis represálias.

Por ser uma pessoa menor de idade preferimos não identificá-la. Mas o relato é verídico e foi confirmado por testemunhas.


A operação e a fiscalização dos órgãos competentes é totalmente legal e, com certeza, a maioria do público que estava presente na noite apoia. A parte que compete discussão é o fato de algumas pessoas serem ofendidas e em tom de ameaça. “Quer ir para o camburão?” foi uma frase muito usada por quem deveria nos proteger, infelizmente.

Marcos Gica – Estudante de Comunicação Social – Jornalismo


Quando estávamos sendo revistados pelos policiais, não podíamos conversar, virar para trás ou tirar a mão da cabeça. Depois da revista, fui questionar um policial sobre o modo como foi conduzida a operação. Perguntei o porquê de tanta viatura ali, porque entrar armado no meio da festa e da falta de educação deles, sendo que ninguém tinha faltado com respeito. A única coisa que ele me respondeu foi: “Faz parte do procedimento.” Então retruquei: “O procedimento está errado então, não acha?” Ele  apenas olhou  para mim e virou de costas, sem dizer ao menos uma palavra.

Adam Sobral - Estudante de Comunicação Social – Jornalismo 


Por Guilherme Vanzela - Foto: Samara Garcia

Um comentário: