Continuando o trabalho
de apuração ao que ocorreu na Garagem Hermética, em Londrina, na madrugada do
dia 21 de Abril, publicaremos alguns relatos de pessoas que presenciaram o ocorrido.
Se você tiver algum relato mande para a gente que publicaremos futuramente.
Aqui vão alguns:
O policial chegou e
perguntou com quem eu iria embora. Eu falei que um amigo estava voltando para
me buscar e ele me mandou esperar na esquina. Olhei para a cara dele e falei: “Você
quer que eu espere na esquina?” Ele ficou sem saber o que falar e disse que era
para circular de lá. Como que ele manda uma mulher esperar na esquina de um
lugar daquele? Ele sabe que não é dos mais seguros. Morri de raiva.
Bruna Ferrari –
Estudante de Comunicação Social – Jornalismo
O policial pediu para
quem era menor de idade sair da onde estávamos e eu fiquei. Ele olhou para mim,
pegou meu RG e nisso viu que eu era menor. Ele me puxou para um canto e falou 3
vezes: “Acha que eu sou tonto”. A cada vez que ele dizia a frase me dava um
soco no estômago, me fazendo perder o ar. Ficaram algumas marcas, mas conversei
com meu pai e achamos melhor não prestar queixa, com medo de possíveis
represálias.
Por ser uma pessoa
menor de idade preferimos não identificá-la. Mas o relato é verídico e foi
confirmado por testemunhas.
A operação e a
fiscalização dos órgãos competentes é totalmente legal e, com certeza, a
maioria do público que estava presente na noite apoia. A parte que compete
discussão é o fato de algumas pessoas serem ofendidas e em tom de ameaça. “Quer
ir para o camburão?” foi uma frase muito usada por quem deveria nos proteger,
infelizmente.
Marcos Gica – Estudante
de Comunicação Social – Jornalismo
Quando estávamos sendo
revistados pelos policiais, não podíamos conversar, virar para trás ou tirar a
mão da cabeça. Depois da revista, fui questionar um policial sobre o modo como
foi conduzida a operação. Perguntei o porquê de tanta viatura ali, porque
entrar armado no meio da festa e da falta de educação deles, sendo que ninguém
tinha faltado com respeito. A única coisa que ele me respondeu foi: “Faz parte
do procedimento.” Então retruquei: “O procedimento está errado então, não acha?”
Ele apenas olhou para mim e virou de costas, sem dizer ao
menos uma palavra.
Adam Sobral - Estudante
de Comunicação Social – Jornalismo
Por Guilherme Vanzela - Foto: Samara Garcia
isso aí! "servir e proteger!"
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